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FRANCIELY FREDUZESKI

Diagnosticada com fibromialgia, atriz de América relembra dores durante gravação

ANGELO PASTORELLO/DIVULGAÇÃO

Franciely Freduzeski posa com um vestido preto com alça prateada

Franciely Freduzeski foi diagnosticada com fibromialgia: atriz está na reprise de América, no Viva

CARLA BITTENCOURT, colunista

carla@noticiasdatv.com

Publicado em 8/5/2024 - 9h00

A reprise de América (2005) no Canal Viva traz boas e más lembranças para Franciely Freduzeski. Intérprete da divertida Conchita na trama protagonizada por Deborah Secco, a atriz sofreu muito durante alguns anos até ser diagnosticada com fibromialgia, uma doença que tem como principais sintomas as dores crônicas e a sensibilidade nos músculos, nas articulações, nos tendões e em outras partes do corpo. A dor era tanta que ela deixou a atuação de lado para procurar ajuda médica.

"Ficar de salto alto e em pé me matava. Eu perdia minha concentração. Ficava muito cansada. Naquela época, nem posição eu tinha. Sentada, doía. Em pé, doía. Era um caos. Fui adquirindo medo, insegurança de aceitar qualquer coisa porque não sabia se iria cumprir. Nunca sabia como iria acordar. Eu sentia uma exaustão fora do normal", lembrou a atriz em papo com o Notícias da TV.

As dores começaram em 2018 e ela só recebeu o diagnóstico quatro anos depois. Enquanto trabalhava, Franciely corria atrás de respostas para o que andava sentindo, mas sem deixar transparecer que havia algo de errado consigo. "Minha rotina até descobrir a doença era ir a médicos e fazer exames. Vivi só para isso. Não conseguia andar, sair de casa, não tinha vida social, só corria atrás de respostas para a minha dor. Ficava muito em casa e fazia tudo devagar. Fora que eu estava no hospital semana sim, semana não. Minha imunidade foi para o pé", contou.

O sofrimento de Franciely começou a diminuir em 2022 quando, finalmente, foi diagnosticada. Atualmente, ela é cuidada por uma equipe multidisciplinar composta por psiquiatra, psicólogo, neurologista e fisioterapeutas. A artista conseguiu retomar a rotina, voltou a estudar e se forma em Psicologia ainda neste ano.

"Sempre sonhei em ter um diploma. Procurei o curso que mais se encaixava comigo. Adoro estudar comportamentos, até pelo meu lado artístico. Mas também pela minha doença, porque antes de ter o diagnóstico, alguns médicos diziam que o que eu tinha era coisa da minha cabeça, já que nada era detectado nos exames. Então, eu escolhi a Psicologia porque, através dela, eu poderia entender os mecanismos neurossensoriais, onde começava de fato a dor no cérebro", explicou Franciely.

A atriz fez estágio supervisionado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, em 2023, e atualmente, faz estágio na universidade em que estuda, no Rio de Janeiro. Porém, ao ver suas cenas em América e em tantos outros trabalhos, ela sempre volta a pensar em um retorno aos palcos.

"Penso em voltar a atuar sim, principalmente, no teatro. Acho que a TV
ficou muito limitada para nós, atores, porque não temos mais as produções que tínhamos, e a maneira de fazer televisão mudou muito. Cinema sempre foi minha paixão. Tanto que fui estudar Cinema em Los Angeles", disse.

"Mas não tenho nenhum projeto no momento porque precisei cuidar de mim, me sentir segura novamente para qualquer coisa e me dedicar, principalmente, a esse final da faculdade, pois já atendo pacientes. Então, eu preciso estudar e me dedicar de verdade para finalizar esse projeto", explicou.

Conhecida também por seus trabalhos nas novelas O Clone (2001), Malhação (2008) e Orgulho e Paixão (2018), Franciely ainda participou da série Casos e Acasos (2008) e do quadro Dá uma Subidinha, do Zorra Total (1999-2015), todos da TV Globo. Sua história inclui ainda a série Donas de Casa Desesperadas (2007), versão brasileira de Desperate Housewives (2004-2012), pela RedeTV!; e a participação na primeira edição de A Fazenda, em 2009.

"Eu não vou largar minha carreira de atriz. É claro que mais para a frente não sei o que vai acontecer. Minha inspiração foi o meu psiquiatra, Luís Mário Duarte, que me incentivou muito a fazer o curso porque disse que eu ia ajudar muitas pessoas, principalmente falando de dor. De América para cá, amadureci. Eu me tornei mais forte, uma mulher menos julgadora e mais compreensiva, que sente a dor do outro. E entendi que eu tenho que vir em primeiro lugar. Senão, nada funciona", filosofou.

Apesar de estar com a doença controlada, Franciely sabe que terá que lidar com ela para sempre. Para não sofrer com novas crises, ela faz exercícios físicos todos os dias, pilates e musculação de duas a três vezes na semana, além de aeróbico. Ela também não pode ficar muito em pé nem sentada e toma muitos outros cuidados.

"Tenho que dormir com travesseiro baixo, de lado, com almofada no meio das pernas. Não posso fazer acupuntura, massagem que fique me apertando. Como sinto muita dor na mandíbula, até fisioterapeuta bucal eu tenho. Procuro dormir o melhor que posso. Não posso ficar na noitada, com excesso de barulho e luz. Quando começa a doer alguma coisa, eu já tomo algum relaxante muscular para a dor não crescer e virar uma crise", contou.

"Para sempre vou ter que estar de olho nos meus limites. Minha alimentação não tem restrição. Sempre comi de tudo, mas pouco. Não tomo refrigerantes, nem muitas frituras. Sei que existem algumas pessoas que defendem a nutrição para o tratamento da fibromialgia. Mas eu fui retirando coisas que não adiantaram nada. Evito pão, mas é para não engordar mesmo", completou.

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