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UM DIA QUALQUER

Sexo, traição e milícia: Nova série sobre violência no Rio é para quem tem estômago

Divulgação/Space

Os atores Vinícius de Oliveira e Augusto Madeira dentro de um carro, nos bancos da frente, em cena de Um Dia Qualquer

Os atores Vinícius de Oliveira e Augusto Madeira interpretam milicianos na série Um Dia Qualquer, do Space

FERNANDA LOPES

Publicado em 17/8/2020 - 7h10

A violência no Rio de Janeiro já foi explorada em inúmeras produções audiovisuais, mas Um Dia Qualquer, série que estreia no canal Space nesta segunda (17), se propõe a explorar um assunto de um ângulo bastante atual e complexo: a convivência de milicianos, traficantes e evangélicos num mesmo bairro. As questões sociais são intensificadas pelos dramas pessoais dos personagens, que envolvem cenas de sexo e traição.

Quando criou a trama da série, o diretor Pedro von Krügger teve a intenção de misturar diversos temas muito duros da realidade que permeiam as vidas das populações de comunidades e subúrbios, pessoas em situação de vulnerabilidade.

"Acredito que a arte tem a importância de ampliar o debate sobre temas complexos do nosso tempo. Quando eu criei a série, pensei que o avanço das milícias e seu poder paralelo, a injustiça social sofrida pela população negra, as buscas das mães de vítimas da violência e as agressões domésticas decorrentes do machismo são questões que precisam ser resolvidas na nossa sociedade atual", explica ele.

A série se passa em duas narrativas temporais. A primeira acontece em 2010, quando os amigos de infância Quirino (Augusto Madeira), ex-policial, e Seu Chapa (Jefferson Brasil), traficante, têm uma briga que muda o destino da região.

A outra narrativa acontece nos dias de hoje, com Quirino como chefe da milícia local. O primeiro episódio mostra a violência cometida por ele e um comparsa contra um jovem negro ativista, que se tornará o símbolo da luta de uma mãe por justiça.

"Nós já perdemos o controle [em relação às milícias], vide o assassinato de Marielle Franco [1979-2018]. Isso é um atentado terrorista, não se pode olhar para isso como uma coisa comum. Nós trazemos nosso ativista dentro da história, que talvez seja a única pessoa com um objetivo claro, social, e que sofre o atentado logo no início. Ele está o tempo todo na série, presente na caminhada da mãe. Apesar de ter pouco tempo em tela, a importância dele é gigantesca", adianta o diretor.

O primeiro episódio também mostra que o justiceiro Quirino não tem controle do que acontece dentro da própria casa: a mulher dele, Bruna (Tainá Medina), uma mulher muito mais nova, tem um caso com o filho mais velho do marido, Beto (Willean Reis). O caso é retratado com intensas cenas de sexo, que darão lugar a fortes imagens de violência contra a mulher.

Um Dia Qualquer tem cinco episódios que serão exibidos de segunda (17) a sexta (21), às 22h, no Space. No sábado (22), o canal fará uma maratona da temporada completa da série, a partir das 18h.

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