Rainha de Sabá em Reis é supermodelo e ganhou nome especial (e certeiro) dos pais

Intérprete da rainha de Sabá na novela Reis, da Record, Sharam Diniz conta que não acredita em coincidências diante do nome pouco usual que ganhou dos pais. A atriz brinca que não gostava muito das piadas que ouviu na infância, mas hoje se identifica com o significado ("modesta" ou "tímida", em árabe). "Acredito que foi o nome perfeito", avalia.

Makeda é o primeiro papel de Sharam na TV brasileira, mas ela já havia se destacado em Portugal, em folhetins da TVI e da SIC. A bela também foi a primeira modelo luso-angolana a aparecer na capa da edição portuguesa da Vogue, além de ter desfilado para grifes de alto padrão --como Tom Ford, Victoria's Secret e Vivianne Westwood.

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"O desejo sempre foi ser atriz. A moda meio que vinha batendo à porta inúmeras vezes, e hoje percebo que foi a janelinha para me preparar para o mundo da ficção", diz a artista, em entrevista exclusiva ao Notícias da TV.

Sharam relembra que, por ter começado nas passarelas, sofreu muito preconceito ao se tornar atriz:

No início, me incomodavam mais os olhares, as risadinhas e até alguns abusos na minha ingenuidade. Não entendia, mas o corpo respondia com um pequeno desconforto, uma sensação diferente na alma. Hoje, acolhi todos eles e me sinto inteira e segura para enfrentar o que vier.

A rainha de Sabá abriu as portas para que ela, agora, fosse conhecida também pelos brasileiros:

Ouvi de uma colega que a personagem escolhe a gente. Eu me sinto honrada por ter sido escolhida por Makeda. Ela me transformou ao longo dessa caminhada. Sou uma mulher de fé e hoje, mais do que nunca, acolho as minhas imperfeições de forma leve. Sigo construindo com verdade, amor e respeito a melhor versão de mim mesma.

Sharam assume que o caminho não foi fácil, mas que "da mesma forma que muita coisa ruim acontece, muita coisa boa também". Ela defende que o nome que lhe foi dado pelo pai a ajudou a chegar até aqui.

"Não acredito em coincidências. Quando criança, não achava muita piada, confesso. Inclusive com algum bullying na escola. Hoje, percebo que tudo tem razão de ser. Acredito que foi o nome perfeito e agradeço meu pai pela escolha", considera.

"Para além de diferente, é muito especial. Diria que a profissão me ajudou a me soltar mais, mas também me deu o lado mais observador. É assim que a gente aprende. Ouvindo mais e falando menos", finaliza.